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Carnaval sem Samba – Curitiba – Fev.2016

Alta do dólar, dinheiro curto e outras despesas nos fizeram decidir pelo turismo regional para o carnaval de 2016, não que isso seja ruim, o Brasil tem lugares lindos basta saber aproveitar o que cada lugar tem a oferecer. Então decidimos visitar Curitiba novamente, a primeira vez deve fazer uns 15 anos.

Infelizmente (na minha opinião) Curitiba não é lugar para passar muitos dias, então o planejamento inicial (quem olhou nosso roteiro sabe) era passar um dia na Ilha do Mel, que não conhecíamos, então o planejamento envolvia algo mais além de uma passagem de avião.  A confusão começou aí, nós compramos as passagens em setembro/2015, uma antecedência bem razoável, a questão do Hotel é que foi mais enrolado, reservamos o primeiro trecho de Curitiba e ficamos tentando conseguir uma acomodação para um dia na Ilha do Mel, porém as pousadas não estavam reservando quartos para apenas um dia, eles queriam apenas reservar para o Carnaval inteiro, embora não concorde com essa pratica, não há nada que se possa fazer.

Decidimos então esperar até o início de janeiro na esperança de conseguir um quarto na Ilha por conta de uma possível não lotação, não rolou. Então confirmamos o Hotel para os demais dias em Curitiba, e deixamos em aberto a possibilidade de um passeio até a Ilha do Mel através das agências de turismo locais.

Seguindo nosso plano partimos para reservar as atrações e restaurantes que necessitavam de reserva, tudo pronto Vem Comigo! Para Curitiba!

Surpresa! A companhia aérea cancelou nosso voo de retorno, então após alguma negociação, escolhemos um novo voo de volta, que agora teria uma escala em São Paulo,  e em função dessas mudanças consegui também alterar meu voo de partida para o dia anterior, já que  não haveria expediente na minha empresa. Agora sim!  Vem Comigo! Para Curitiba!

Como o voo era cedo tivemos dificuldade de conseguir um taxi, e quando conseguimos,  motorista do taxi, que eu acho que estava chapado, errou o caminho, resultado cheguei atrasado no aeroporto, como já tinha feito o check-in pela internet fui direto ao despacho de bagagem, e avisei ao Zé que ficava na entrada da fila, que devido ao feriado do carnaval estava quilométrica, que eu estava atrasado, eu orientou a ficar na fila que iriam chamar os passageiros na fila a medida da proximidade do voo, chamaram? Claro que não! Resultado perdi o voo, e quando fui ao balcão da companhia explicar o problema, fui devidamente extorquido sobre o pretexto de “diferença de passagem”, mas conseguimos embarcar em um outro voo cerca de duas horas depois. O engraçado disso tudo a que nunca em minha vida tinha perdido um voo, e isso tinha que acontecer na minha cidade e no meu país.

Enfim chegamos, fizemos a opção de ir de taxi para Hotel, embora o aeroporto de Curitiba possua um transporte executivo (ônibus) para centro da cidade bem mais em conta, a distância do ponto desse ônibus para Hotel arrastando a mala não valeria a pena.

Deixamos tudo no Hotel e partimos para rua, a primeira parada foi na Rua 24 Horas, onde tem algumas lojas e restaurantes, sinceramente nada lá me chamou a atenção, talvez o horário não tenha sido o melhor para visitar, sei lá. A segunda para é já tradicional nas nossas viagens foi o Hard Rock Café, esse sim vale pena, além de ser o último bastião dessa franquia no Brasil o clima do lugar é sempre muito amigável e agradável, almoçamos compramos a camiseta e seguimos para o Shopping Crystal para matar o tempo, não adiantava nada partir para conhecer Curitiba, uma vez que o restante do grupo só chegaria no dia seguinte, e aí corria o risco de repetir alguma coisa. A noite tínhamos reservado uma “Churrascaria” com rodizio de carnes e massas a Jardins Grill, confesso que passei do limite.

Rua 24 Horas
Hard Rock Cafe
Jardins Grill

No dia seguinte já com o grupo reunido partimos para nosso walking tour, sempre gosto de reservar um dia para andar pelo lugar para sentir o clima do local, começamos pelo centro histórico a primeira parada foi no Museu Paranaense cujo o acervo é bem ligado a história e cultura do Paraná, depois passamos pelas Ruinas de São Francisco, Relógio das Flores (que não tinha flores!?!), Fonte da Memória (Cavalo Babão) e Igreja do Rosário.

Museu Paranaense
Relógio das Flores
Fonte da Memória (Cavalo Babão)

Para o almoço paramos no Farnel, para experimentar a gastronomia paranaense. Gostamos tanto que fizemos uma espécie de menu degustação, ou seja, pedíamos um prato todos experimentávamos e partíamos para próximo. Apesar dessa bagunça fomos muito bem atendidos inclusive tivemos a oportunidade de conhecer a Chef Glória Vargas, que com sua dedicação transforma os pratos do local em verdadeiras delicias da gastronomia paranaense.

Agora já reanimados partimos para o restante da caminhada logo em frente ao Farnel, ainda no largo da ordem, tem o Memorial de Curitiba nem tem muito o que ver por lá e só uma passadinha, seguimos para a Igreja da Ordem onde fica o Museu de Arte Sacra (também pequeno), depois seguimos para Catedral de Curitiba já na Praça Tiradentes, depois para o Paço da Liberdade, mas infelizmente estava fechado depois seguimos pela Rua das Flores (Rua XV de novembro) até o Palácio Avenida, essa era a ideia do walking tour, porém ao final por conta do o Paço da Liberdade fechado e do tempo das atrações  estar superestimado, ainda restava boa parte do dia para curtir,  então decidimos ir até o Shopping Estação que é localizado em uma antiga estação ferroviária que também abriga o Museu Ferroviário, decidimos ir de ônibus pegamos o ligeirinho na estação tubular (até para conhecer) e chegamos fácil no destino. O Museu Ferroviário, tem muito poucas peças e alguns cenários, não dá para perder muito tempo então matamos o final do dia no Shopping.

Catedral de Curitiba
Paço da Liberdade

A noite tínhamos reserva no Poco Tapas o restaurante do Chef Fábio Mattos e sua gastronomia molecular, sem meias verdades foi uma das melhores experiências gastronômicas que tive em minha vida, e olha que já estive em muitos restaurantes pelo mundo, para ser mais exato a experiência não é gastronômica e sim sensorial, pois envolve sabores, aromas e cores. Como nos disse o Chef Fábio, e que a mãe dele não deixava ele brincar com a comida, é agora ele pode.

Palácio Avenida
Caipirinha Molecular

No dia seguinte fomos direto para a Feira do Largo da Ordem, que é uma feira de artesanato bem conhecida e que só funciona aos domingos, depois fomos conhecer o museu do Holocausto, que tem um bom acervo, mas o principal é mesmo os esclarecimentos dos guias, isso é o diferencial, é uma pena não permitir o registro de fotos. E gratuito, mas a visitação só é realizada com agendamento. Saindo dali caminhamos até o centro Cívico da cidade, onde pretendíamos pegar o Ônibus da linha Turismo para ir até o Museu Oscar Niemeyer, em algum momento alguém achou por bem ir a pé até lá (não recomendo). 

Feira do Largo da Ordem
Museu do Holocausto
Centro Cívico

O Museu Oscar Niemeyer, é um espetáculo à parte, enganasse quem acha que só os interessados em desenho e arquitetura vão gostar, o museu tem diversas exposições inclusive o acervo que foi apreendido na operação lava-jato, que está sob guarda do museu, em exposição. Depois disso seguimos para o Bosque Alemão, aí sim com o ônibus da linha turismo, para começar sempre ouvi falar muito bem dessa atração, então não se impressione com a minha opinião, eu gostei apenas do local propriamente dito, a falada trilha de João e Maria e a casa das bruxas são efetivamente atrações para crianças dificilmente um adulto vai se interessar por isso. Na saída tentamos pegar o ônibus e seguir para o parque Tanguá mas uma chuva lotou o danado e por duas vezes não conseguimos embarcar, então pegamos um taxi de volta para hotel.

A chuva atrapalhou os planos para visitar o parque Tanguá, então deixamos para o dia seguinte e a noite fizemos lanche/jantar no Madero uma famosa rede de restaurantes que possui filiais em alguns estados.

Museu Oscar Niemeyer
Bosque Alemão

O dia seguinte seria o dia do passeio a Ilha do Mel, porém algumas pessoas do grupo, com base em informações de amigos, acharam melhor não fazer o passeio nem tampouco substitui-lo então adiantamos as atrações do roteiro para fechar o dia.

Começamos pelo Jardim Botânico, que pode ser considerado como o símbolo de Curitiba, e não é para menos é um lugar muito bonito, é verdade que nem tudo estava funcionando como por exemplo o Jardins das sensações, só tinha uma frustração, já que estava fechado. Mas de um modo geral vale o passeio. Parque Tanguá que tinha sobrado do dia anterior, e realmente um parque muito bonito, fiquei decepcionado porque a cascata no alto do parque não estava funcionando, não sei se por conta do feriado ou já seja um indicio de falta de conservação.  Decidi descer até gruta escavada na pedra, a vista do local é bem legal, talvez melhor se a cascata estivesse funcionando, mas subir tudo de volta foi sofrível. Seguimos para Santa Felicidade para almoçar na Famiglia Fadanelli que é uma boa opção para fugir do Madalosso e cia, com pratos mais elaborados.

Jardim Botânico
Parque Tanguá
Famiglia Fadanelli

Depois caminhamos, ainda em Santa Felicidade, para a Vinícola Durigan, que é mais uma loja mesmo não existe muitas características de uma vinícola, porém você encontra uma grande variedade de produtos para comprar. Saindo de Santa Felicidade seguimos para a Torre Panorâmica, que possui uma vista privilegiada da cidade. Para fechar o dia passamos na opera de arame, que é uma construção fantástica em um lugar especial e que vale a pena conhecer.

Vinícola Durigan
Torre Panorâmica
Ópera de Arame,

No dia seguinte tentamos conhecer a arena da baixada (estádio do Atlético Paranaense) mas apesar das informações no site indicarem o contrário o tour pelo estádio não estava sendo realizado. Como já tínhamos visto quase tudo que queríamos que estava funcionando, ficamos meio que sem opção, decidimos pegar novamente a linha Turismo e simplesmente passar pelos outros pontos que não tínhamos visitado sem descer do ônibus, são eles: Passeio Público, Memorial Árabe, Teatro Guaira, Teatro Paiol, Memorial Ucraniano, Parque Tingüi, Bosque do Papa etc. Já em Santa Felicidade decidimos almoçar no Novo Madalosso, até para conhecer, quando estive pela última vez em Curitiba estive no Velho Madalosso. Eu pessoalmente não gostei muito a comida e boa e simples, mas, sei lá, não gosto de locais muito grandes para refeições. Voltamos para o Hotel e noite demos uma outra passada no Hard Rock, o pessoal que chegou depois queria passar lá, e pôr fim a noite fomos ao Schwarzwald Bar do Alemão, que fica no Largo da Ordem, é um lugar que vale a pena conhecer.

Arena da Baixada
Memorial Ucraniano
Novo Madalosso

No dia seguinte geral viajou cedo, porém eu e minha esposa só iriamos a noite, e como achamos que Curitiba já tinha dado, decidimos ir conhecer a cidade Lapa, uma pequena cidade que ganhou fama durante a Revolução Federalista em 1894, onde os legalistas resistiram bravamente ao cerco dos Maragatos por 26 dias, esse episódio ficou conhecido como Cerco da Lapa. Com relação a cidade, você será conduzido a conhecer sua história através de guias locais que contam como cada atração estava inserida no contexto dessa história.  Essas atrações são:  Central de Informações, Theatro São João, Museu Histórico da Lapa, Casa da Memória (Casa dos Cavalinhos), Pantheon dos Heróis, Museu de Armas, Igreja Matriz (Praça General Carneiro), Casa Lacerda e Casa Vermelha, não deixei de visitar nenhuma delas até para não perder parte da História. Se passar por lá preste atenção nas janelas de alguns prédios, você notar que elas são decoradas e observando mais de perto não são decorações e sim recortes de papel cuidadosamente cortados e aplicados nas janelas, formando belos mosaicos, e o mais legal não consegui achar nenhum recorte repetido, fica o desafio para quando você visitar o local

Casa da Memória
Pantheon dos Hérois
Coxinha de Farofa

Visitamos também o Parque Estadual do Monge, infelizmente a gruta está interditada, na Avenida Manoel Pedro que era por onde passavam os tropeiros paramos para comer a Coxinha de Farofa uma iguaria local feita com massa de pastel e farofa de frango. Nosso almoço foi no Restaurante Espaço Único, uma comida caseira e simples. Bem voltamos para Curitiba e depois para casa (sem perder voo) e com isso fechamos nosso Carnaval em Curitiba.

 

Post por : Nilo Cunha

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