Carnaval no Caribe

San Andrés - 2018
Por Nilo Cunha

Volta na ilha

La Piscinita

West View
Quem nunca sonhou com aquele mar azul translucido de águas calmas e mornas? Pois é, isso é o Caribe. E talvez um dos melhores lugares para viver essa experiência seja San Andrés na “Colômbia” não estranhem as aspas, pois a ilha de San Andrés fica na costa da Nicarágua, porém é território da Colômbia desde 1803, quando a Espanha a anexou política e administrativamente para o então Vice-reino de Nova Granada. História a parte, vamos falar da viagem: O planejamento da viagem foi muito tranquilo, só reservar o voo e um Hotel, no caso, o Ghl Relax Sunrise, como viajamos no Carnaval o voo foi um pouco mais caro, porém San Andrés ainda assim é um destino caribenho bastante acessível eu calculo que com um orçamento de R$ 3.500,0 por pessoa é possível realizar bem essa viagem. Agora uma orientação importante tenha em mãos o certificado de vacinação internacional da febre amarela, durante a viagem ele foi exigido três vezes. Dito isso vem comigo para San Andrés. Eu costumava ler muito na internet sobre a tal “tarjeta de turismo” que era obrigatória para ingressar na ilha e blá blá blá. Fiquei com isso na cabeça e logo após adquirir a moeda local ainda no desembarque em Bogotá, sai à procura da bendita tarjeta, encontrei a venda perto do embarque no segundo piso do aeroporto se não me engano paguei U$ 38,00 cerca de $ 109.000 pesos colombianos. Como já tinha feito o check-in no Rio e agora viajando só com bagagem de mão, segui direto para o embarque. Para minha surpresa no balcão de embarque os comissários anunciavam de 5 em 5 minutos que era necessário a tarjeta de turismo e que ela podia ser adquirida ali mesmo no balcão, ou seja, minha preocupação em adquiri-la logo, foi sem sentido. Então partimos para San Andrés, não sei se todo voo segue o mesmo procedimento de aterrissagem, porém no meu voo a ilha ficou à direita do avião, assim se você está planejando tirar fotos da ilha do avião marque seus lugares a direita.

Cueva de Morgam

Caverna original

Na chegada pegamos um táxi para o hotel, que não é distante do aeroporto, custou $15.000 cop uns U$ 6. Como chegamos à tarde tivemos tempo para um pequeno descanso e um passeio menor ainda pelas imediações. Como fizemos a opção por meia pensão do hotel, então o jantar já estava incluído, confesso que me arrependi disso, a comida é muito regional e acabou por não cair nas minhas graças. O primeiro dia reservamos para fazer a volta a ilha, começamos alugando uma mula, é assim que são chamados os quadriciclos Kawasaki Mule, paguei $170.000 cop, é bem verdade que eu aluguei na porta do hotel, acredito que pesquisando um pouco o preço possa ser menor. Você pode ficar com a Mula desde a hora que alugou até as 18h00, então começar cedo é fundamental. Existe também a opção de alugar carros de golfe, porém eles são bem mais lentos que a Mula. Nossa ideia para a primeira parada seria Rock Cay, porém acabamos nos distraindo e passamos direto aí decidimos seguir até La Piscinita, que não é uma praia, mais sim um pedacinho do mar cercado por pedras, indicado para observar peixes e fazer snorkel, o preço do ingresso é $10.000 cop com direito a pão para alimentar os peixes, se você não tem o snorkel pode alugar lá, agora sem esse equipamento não dá para se divertir. Minha impressão é que 20 minutos no local é suficiente. Ainda nessa linha de piscinas naturais, paramos depois em West View, que tem uma estrutura melhor, é como um pequeno parque, por assim dizer. É também excelente para snorkel, lá você encontra lanchonete, trampolim, estrutura para nadar entre dezenas de peixes, fazer mergulho em Sea Trek e andar de Jet Boat (no dia não estava disponível).

Hoyo Soplador

Cocoplum Beach

San Luiz
Outra coisa que notamos foi ausência do famoso tobogã, não sei o que houve com ele. O preço do ingresso também é $10.000 cop. Seguimos então para a Cueva de Morgam, sem dúvida a mais contestada atração de San Andrés, em todo o lugar que visitamos gostamos, de a medida do possível, absorver um pouco da cultura local. Essa era a expectativa, porém a realidade é que a atração não foi bem explorada as estruturas são meio toscas e as pessoas que apresentam parecem não estar muito interessadas. Basicamente você vai encontrar o seguinte: Uma caverna artificial com bonecos de gosto duvidoso, o museu do coco, o museu do pirata Henry Morgan (que não tem nenhuma peça de época), uma galeria de arte local (onde também é realizada uma apresentação de dança típica), uma “replica” reduzida do navio de Morgan e por fim a Caverna original, onde o pirata galês Henry Morgan teria, supostamente, enterrado alguns de seus tesouros. A caverna tem 120 m de comprimento, mas está cheia de água, então você vê apenas a boca. Nosso plano era almoçar no Restaurante El Rincón de la Langosta, mas provavelmente devido a fome passamos em frente dele e não vimos, decidimos então abastecer e voltar, na volta passamos pelo Hoyo Soplador, a atração não é paga, mas tínhamos ouvido muitas histórias sobre pessoas tentando coagir os turistas a consumir isso ou aquilo, quando você para a mula. A verdade é que ninguém nos incomodou enquanto estivemos lá, não sei se algo mudou ou foi sorte. Almoçamos no Hotel Cocoplum, que fica na praia que dá nome ao hotel, o bom é que almoçando lá você tem direito a usar a praia, que tem vista para Rock Cay. Na volta conhecemos rapidamente a praia de San Luis antes de devolver a Mula. A noite o jantar no hotel.

Piscina do Hotel

Praia do Hotel

Gourmet Shop Assho
Pela manhã consultamos a operadora de turismo que fica no hall do hotel sobre os passeios a Johnny Cay e Haynes Cay “El Acuario” e fomos informados que não estavam ocorrendo. Aproveitamos então para tirar o dia de “folga” no Hotel, curtindo a piscina e a praia. Para almoço escolhemos Gourmet Shop Assho, um restaurante muito bom que fica próximo ao hotel e possui um cardápio variadíssimo e uma decoração charmosa, cheia de garrafas de vinho.
No dia seguinte a operadora do hotel ainda não estava realizando o passeio, então partimos para a praia principal, conhecida como Spratt Bight, onde existe a Cooperativa de transportes marítimos, lá conseguimos embarcar para um passeio que visita Johnny Cay e Haynes Cay “El Acuario”, nosso plano original era visitar uma de cada vez mais devido a esse problema de falta de disponibilidade, achamos por bem fazer logo os dois.

El Acuario

Haynes Cay

Johnny Cay
Primeiro seguimos para El Acuario, que é uma pequena ilha com águas tranquilas e cristalinas. O lugar é bem pequeno mas recebe visitantes todos os dias e oferece toda a estrutura de que um turista precisa: lanchonete, banheiro, aluguel de equipamento etc. A ilha é formada por uma área com areia e outra com arrecifes, que formam piscinas naturais perfeitas para ver peixes com snorkel. É interessante que, mesmo nas partes mais rasas do Aquário, cujas águas são impressionantemente claras, há peixes grandes e até arraias. Ao lado do Aquário fica Haynes Cay, uma ilhota menos atrativa, porém muito bonita, o legal é atravessar de uma para outra caminhando, sem dúvida é o melhor passeio de San Andrés. Depois seguimos para Johnny Cay, uma ilha na frente da Peatonal (como também é conhecida Spratt Bight) é um passeio imperdível para fazer. A pequena ilha pode ser conhecida a pé facilmente e tem uma área da costa com pedras e piscinas naturais, e outra com areia, indicada para o banho. Johnny Cay não precisa fazer nenhum esforço para conquistar seus visitantes, pois a água do mar por ali é simplesmente incrível. A ilhota tem muitas barraquinhas que irão cobrar cerca de $20.000 cop para alugar cadeiras e sombreiro na praia. As mesmas barraquinhas oferecem almoço e bebidas, que não têm preços abusivos, falando em preços esse passeio custou para duas pessoas $50.000 cop.

Spratt Bight

Spratt Bight

Spratt Bight
Nós não almoçamos em Johnny Cay, optamos por comer alguma coisa em Spratt Bight, mas precisamente no Café Café, que é uma opção mais em conta para almoço, e depois passear por lá. San Andrés é um ótimo destino para novas aquisições! A ilha está isenta de impostos e tem produtos mais baratos até mesmo do que em free shops. As lojas vendem todo tipo de produto: calçados, malas, alimentos, roupas, perfumes, eletrônicos etc. No geral, os preços são um pouco mais baixos do que os valores encontrados no Brasil e os produtos podem ser pagos com cartão de crédito, peso colombiano e dólar. As avenidas Colômbia, Providência, Las Américas e Colón são ideais para comprar, independentemente do produto desejado. Para evitar produtos falsificados dê preferência a lojas de marcas próprias ou lojas grandes como La Riviera, La Perfumerie, President e Madeira. É importante lembrar que grande parte dos estabelecimentos comerciais funciona em um horário diferente do Brasil. As lojas abrem em torno das 9h, fecham às 12h30 e reabrem às 15h, funcionando até as 20h/20h30. Para variar um pouco o programa de fim de tarde é praia/piscina do Hotel e o jantar no hotel também.

Passeio de Jet Ski

La Regatta

Vista do Quarto
No dia seguinte aproveitamos o dia livre para passear de Jet Ski, tínhamos reservado o almoço no mais recomendado restaurante de San Andrés o La Regatta, para desfrutar os prazeres da magia e encanto do Caribe, construído sobre o mar, o La Regatta conta com uma bela vista, e possui uma cozinha requintada especializada em frutos do mar. Gloria, talentosa e empreendedora chef, criou pratos que refletem a riqueza étnica e cultural da ilha, resgatando os sabores nativos das ilhas com um toque de culinária caribenha. De volta ao Hotel para o fim de tarde e à noite, o jantar do Hotel pareceu mais sem graça do que nunca. Depois da nossa experiência com meia pensão no Hotel, posso sem dúvida recomendar que você não faça o mesmo, é mais legal conhecer a cozinha regional experimentando os restaurantes da ilha ao invés de ficar preso ao hotel.

Piscina do Hotel

Mr. Panino

#estouvoltandoparacasa
No último dia ficamos na piscina até o check-out, e então saímos para almoçar, escolhemos a Trattoria Mr. Panino, em poucas palavras, o Mr. Panino é um restaurante italiano numa ilha caribenha. Ele é pequeno e charmoso, ideal para comer uma massa ou sanduíche, ou, ainda, para passar a noite petiscando e bebericando um vinho. O preço é bacaninha, sem surpresas quando chega a conta, e o ambiente, simples, porém charmoso. Serviço atencioso e atendentes prestativas. Vale a pena conhecer. Assim foi nossa experiência na ilha espero que nossa experiência ajude e inspire vocês a conhecer San Andrés.