West Coast Road Trip - parte I

Por Nilo Cunha
São Francisco - 2017

Union Square

Dragon Gate

Igreja de St. Mary
Viajar de carro pelos Estados Unidos, sempre foi um sonho, passar por estradas que a literatura e o cinema imortalizaram, conhecer lugares verdadeiramente americanos curtir paisagens lindíssimas, sem perder ainda nossa vocação para o turismo. Esse foi o desafio da #westcoastroadtrip. 2640 Km de estrada para percorrer, sem contar o desafio logístico, reservas de voos, hotéis, carros, passeios etc. E para descrever isso tudo vamos dividir essa aventura em partes. E a primeira delas é São Francisco, na verdade nesse ponto nossa vida de “estradeiro” ainda não havia começado, em São Francisco na nossa opinião não compensa andar de carro, o transporte público funciona bem e na pior das hipóteses o Uber e o Lifyt resolvem. Falando em Uber e Lifty, lembrei de algumas coisas que gostaria de compartilhar, a primeira é falar sobre telefonia (é tanta coisa para falar que não consigo organizar direito as ideias) em nossos planos pretendíamos usar nossos telefones como GPS e também para utilizar os aplicativos como Uber e outros sem depender da disponibilidade de wifi. Em uma conta rápida chegamos ao número de U$ 150, que gastaríamos com aluguel de GPS nessa viagem, ao invés disso pegamos essa grana e compramos dois chips de celular que funcionam nos EUA, entre várias opções optamos por comprar aqui no Brasil, com a empresa Travelmobile que possibilitaria também fazer ligações ilimitadas para o Brasil e gastamos pouco mais de U$ 100, e posso recomendar esse serviço funcionou bem em todo lugar que estivemos. Voltando ao transporte público de São Francisco, duas opções foram importantes para o nosso deslocamento pela cidade, a primeira foi ficar hospedado em Union Square, que possui opções de transporte para quase todo canto da cidade e a segunda a aquisição do Visitor Day Pass que é um passe do transporte público de São Francisco, custa cerca de U$ 23 para três dias, com ele você pode andar em qualquer modal de transporte da SFMTA, inclusive os charmosos Cable Car (bondinhos) só para esclarecer a ideia, cada passagem do Cable Car custa U$ 7, então se nesses três dias você andar 4 vezes de Cable Car o preço do passe já compensou, você pode adquirir esses passes na Walgreens, por exemplo.

Golden Gate Fortune Cookie Factory

Vital Tea

Esquina Literária
Bom vamos falar de São Francisco? Claro agora! Nós começamos no passeio a tarde e o primeiro bairro/atração foi Chinatown, partimos a pé de Union Square, e cruzamos o Dragon Gate que representa a entrada do bairro, tem gente que passa pelo bairro acha pitoresco e pronto, mas o legal desses Bairros é entrar nas lojas, templos etc. para sentir o clima e a dicotomia do lugar, caso você não tenha uma ideia de onde parar vou relacionar as nossas paradas talvez sirvam para você também, mas lembre-se pessoas diferentes curtem coisas diferentes então procure descobrir a sua Chinatown. A primeira parada foi a igreja de St. Mary ocupa o lugar da primeira catedral erguida na Califórnia por missões espanholas. A igreja foi construída por trabalhadores chineses em 1854 com pedras de Cape Horn e granito trazido da China. O grande terremoto de 1906 detonou a estrutura da igreja que foi reconstruída em 1909 e é uma mistura bem interessante de igreja ocidental com influencias claramente chinesas. Depois seguimos para o templo Tien Hau escondido no terceiro andar de um prédio, mas infelizmente estava fechado, talvez você tenha mais sorte. Seguimos então até um beco pequenino, que guarda um dos segredos mais cheirosos de Chinatown, a Golden Gate Fortune Cookie Factory, uma fábrica que produz biscoitinhos desde a década de 60. A máquina de fazer biscoitos faz dezenas de biscoitos que serão montados com o papelzinho da sorte ou receberão um recheio especifico antes de serem embalados, um processo manual e bem interessante. A entrada na fábrica é grátis, mas para tirar fotografias é cobrado uma taxa de $0,50. Outra parada imperdível é a loja de chás e entre várias escolhemos a Vital Tea, a degustação de chás é grátis, servidos quentíssimos, e num copo pequenino, vem acompanhados de dicas sobre a finalidade de cada um no melhor estilo da sabedoria chinesa.

Lombard Street

Ghirardelli Square

Musée Mécanique
Os chás da Vital Tea não são baratos, mas são deliciosos e de altíssima qualidade. Para terminar uma passada na Esquina Literária que divide três bairros muito distintos Litle Italy, Chinatown e o poderoso distrito financeiro. Essa esquina comemora a junção das três culturas (americana, italiana e chinesa) brincando com palavras escritas nos três idiomas. Os livros pendurados no alto da rua remetem aos poetas do movimento Beatnik. Para voltar utilizamos nosso passes para nossa primeira viagem de Cable Car. A ideia a noite era conhecer o badalado Wilson & Wilson, mas nós descobrimos que ele não funcionava naquele dia (quarta), então comemos algo no Jasper's Corner Tap and Kitchen que ficava ali por perto e fomos descansar. Começamos o dia pegando o Bonde (Cable Car) dessa vez para umas das áreas mais turísticas de São Francisco o Fisherman's Wharf, mas antes uma parada na cinematográfica Lombard Street, no porto a primeira parada foi na Ghirardelli Square. A pracinha que por muitos anos serviu de fábrica da famosa chocolateria e hoje é um complexo com lojas, restaurantes e o mais legal uma loja gigante da Ghirardelli que serve chocolate, cookies e sorvetes. Dá para sentir o cheirinho de chocolate de longe. Depois seguimos caminhando até Fisherman's Wharf aproveitando a paisagem e com uma parada no Musée Mécanique, o museu com entrada gratuita contém uma série de jogos de diversões mecânicas típicas de parques e bares do início do século XX.

Fisherman's Wharf

Ilha de Alcatraz

Bubba Gump
Continuamos caminhado até Alcatraz Cruises, de onde parte o passeio a Alcatraz. A sinistra ilha de Alcatraz foi dos mais célebres presídios do planeta, Alcatraz surpreende por estar tão próxima à costa. Sua fama de ter uma ‘fuga impossível’ foi garantida não só pela vigilância permanente, mas pelas águas gélidas da baía, que tornava uma travessia a nado pouco suscetível ao sucesso. Dentre seus ‘hóspedes’ mais célebres estiveram “Machine Gun” Kelly, o gângster-mor Al Capone, Robert Stroud – o homem-passarinho, e Frank Morris e os irmãos Anglin, os homens que chegaram mais perto de uma fuga, mas nunca mais foram vistos, provavelmente morreram afogados, tudo isso é explicado em áudio guias (inclusive em português). Na volta almoçamos no já manjado Bubba Gump e depois pegamos um bonde (não é o cable car) para o centro, tínhamos planejado passar a tarde no bairro latino de Mission (novo queridinho de São Francisco), nós pegamos o Muni Metro (que é o Metro da SFMTA, incluso no nosso passe, mas que na direção de Mission em determinado momento o metrô deixa o buraco e sai para as ruas como se fosse um bondinho), mas devido a alguns atrasos pelo caminho chegamos lá apenas para jantar no Foreign Cinema, que na minha opinião é mais badalação do que qualquer outra coisa, na volta optamos pelo taxi.

California Academy of Sciences

Japanese Tea Garden

Young Museun
No dia seguinte o programa era a California Academy of Sciences, que é uma mistura de museu de história natural com aquário, que no final não chega a ser uma coisa nem outra, espere eu não estou dizendo que não é legal, pelo contraio, eu até gostei bastante. Logo na entrada você conhece o Claude um crocodilo albino. Ele fica situado no Golden Gate Park que possui outras atrações como o Museu Memorial de M. H. de Young, o Shakespeare Garden e o Japanese Tea Garden, não visitei nenhum deles, mas se tiver tempo não deixe de fazer.

Palace of Fine Arts

Calzones Pizza Cucina

South of Market
Depois de uma pequena caminhada para achar o ônibus certo, saímos em direção ao Palace of Fine Arts. A imponente arquitetura greco-romana em nada lembra a cidade de São Francisco. O palácio, construído em 1915 para a Panamá-Pacific Exposition, foi o único que restou depois do evento. Como a estrutura não foi pensada para durar mais que os dias da exposição, o Palace of Fine Arts precisou ser totalmente reconstruído nos anos 60. De lá (ainda de ônibus) direto para litle Italy para fazer uma boquinha no Calzones Pizza Cucina, dali pegamos o Cable Car para o SoMa, South of Market, o bairro “ao sul do mercado” a primeira parada foi no Westfield San Francisco Centre.

Saint Patrick's Catholic Church

Yerba Buena Gardens

Contemporary Jewish Museum
Depois passamos pela Saint Patrick's Catholic Church, tipo para renovar a fé e seguimos até o Yerba Buena Gardens e passamos (só na porta) dos museus: Museum of the African Diaspora e Contemporary Jewish Museum, mas para observarmos a arquitetura e beleza desses locais. A noite como jantar de despedida de São Francisco fomos ao Scala's Bistro que fica em Union Square.

Museum of Modern Art – Moma

Coit Tower

Golden Gate
Pela manhã visitamos o Museum of Modern Art – Moma, cujo o acervo não tem nada de destaque mas tem ótimas exposições e uma arquitetura fantástica. Voltamos para o hotel para fechar a conta e em seguida pegar o carro para realmente começar nossa road trip, porém antes de pegar a estrada tínhamos algumas coisinha para fazer em São Francisco, a primeira delas era descer a Lombard Street de carro e depois seguir para a Coit Tower, localizada no alto do Telegraph Hill, a Coit Tower é um dos melhores lugares de São Francisco para ver a cidade do alto. Cruzamos então a ponte Golden Gate em direção a Sausalito, que em função do fim de semana estava tão lotada que nem conseguimos estacionar no vista point.

Sausalito
Sausalito é uma cidade norte-americana, localizada na área da baía de São Francisco, um lugar bem agradável, onde almoçamos antes de seguir viagem para a terra do vinho: Sonoma e Napa Valley. (Mas essa já é outra história ou post)