top of page

Férias de Inverno

IMG_E2639.JPG

Villa la Angostura - 2018

Por Nilo Cunha

P8090014.JPG

Ruta 40

IMG_1853.JPG

Vila la Angostura

IMG_1849.JPG

El Esquiador

Férias de inverno pressupõe aquele friozinho gostoso, então nossas opções eram Chile ou Argentina. Como ano passado estivemos no Chile (Pucon), se quiser saber mais sobre como foi essa viagem clique aqui, a escolha foi Argentina. Como sempre falamos primeiro do planejamento. Nosso plano era gastar 2 a 3 dias em Villa La Angostura, sendo que em um deles para fazer o passeio até San Martin de Los Andes passando pela icônica Ruta 40 para conhecer a também famosa rota dos 7 Lagos, reservamos também um dia para revisitar Bariloche que tínhamos visitado a 20 anos atrás. Nossa primeira dificuldade foi o próprio voo, para chegar no destino seria preciso um voo até Buenos Aires e uma conexão para Bariloche, porém as diferenças entre voos (layover) eram em torno de 5 horas, e com troca de aeroporto, então para se livrar desse stress, optamos por dormir na ida e na volta em Buenos Aires. Então toda a logística envolveu a reserva do voo, 2 hotéis e um carro. Feito isso vem comigo para Villa La Angostura. Nossa viagem começou no Rio de Janeiro em um voo até Buenos Aires, e como adiantamos, foi onde passamos a noite. Pela manhã seguimos para o aeroporto para a segunda perna da viagem: Buenos Aires a Bariloche, só para pontuar optamos por contratar um serviço de Transfer para facilitar nosso translado, se você também pensa em utilizar esse tipo de serviço em alguma viagem de uma olhada nessa dica, voltando a história chegando em Bariloche pegamos o carro e seguimos para Villa La Angostura, aí sim pode se dizer que a viagem começou, com o trajeto de cerca de uma hora até a vila pela bela ruta 40, onde você pode observar belos lagos e montanhas pelo caminho. Chegando lá passamos no hotel para deixar as malas, por sinal o hotel foi um capítulo à parte, mas depois eu falo nisso, e fomos conhecer o centrinho da Vila. Só para situar Villa La Angostura é uma versão relax da vizinha Bariloche, ou seja mais charmosa e menos movimentada.

P8100043.JPG

Cerro Bayo

P8100095.JPG

Pista de esquis para iniciantes

P8100097.JPG

Restaurante Refugio Tronador

Como já estava na hora do almoço, escolhemos almoçar no El Esquiador, que é conhecido como restaurante dos "locais", ou seja, comida farta e mais em conta. Depois um passeio pela vila curtindo as lojinhas e é claro degustar um delicioso chocolate quente.  Seguimos depois para o hotel fazer o check-in e tomar um banho e um merecido descanso. A noite escolhemos para jantar o Pistach' que é um pouco mais sofisticado, porém com opções de pizza, meio que "gourmetizadas" mas muito saborosas e com o preço justo para o local.

No dia seguinte foi o dia da nossa primeira experiência com um par de esquis debaixo dos pés. Em Villa La Angostura existe uma estação de esqui, o Cerro Bayo. O Cerro fica apenas a 9 km do centro da cidade, o que lhe garante o título de um dos centros de esqui mais próximos de uma cidade de toda a Argentina. O Cerro Bayo é conhecido pela qualidade dos serviços prestados ao visitante, e por isso, se denomina um centro de esqui butique. Ele é ideal para quem procura uma estação de esqui mais tranquila, perfeita para quem quer começar. Se você como nós tinha apenas a vontade de tentar, comece reservando uma aula, tem vários horários e durações de aula, o segundo passo é alugar o restante da indumentária (geralmente só precisa da calça impermeável), depois pagar a chamada taxa de esquiador para poder usar as pistas e por ultimo alugar os esquis, uma dica deixe para aluga-los na loja perto da pista de instrução, para evitar de andar com aquela bota e carregar todo o equipamento para cima e para baixo, como nós fizemos. Existem outras atividades no lugar como caminhadas com raquetes, esqui fora de pistas e tubing.

P8100119.JPG

Mirante

P8100123.JPG

Piscina do Hotel

IMG_1906.JPG

La Encantada

O almoço foi no restaurante Refugio Tronador, acredito que para o almoço seja a melhor opção do Cerro Bayo.

Na volta existem alguns mirantes pelo caminho, onde dá para tirar umas belas fotos. O nosso fim de tarde foi um merecido descanso na bela piscina do Hotel, na verdade ela faz parte do SPA do Hotel, onde podemos relaxar ao crepitar da lareira e a vista do lago, é claro que a piscina é aquecida, tanto a área interna quanto externa. A noite jantamos no La Encantada, embora a “especialidade” seja o fondue o mais recomendado é a pizza, que é mais em conta e bem gostosa. 

P8110158.JPG

Capilla Nuestra Señora de la Asunción

P8110219.JPG

Museu Histórico Regional

P8110193.JPG

Baia Mansa

Pela manhã, seguimos para área mais turística  de Villa Langostura, a primeira parada foi na Capilla Nuestra Señora de la Asunción, construída no início do século XIX, em 1936, com arquitetura similar aos prédios suíços. Depois seguimos até o Museu Histórico Regional, pequeno, o local conta um pouco da história da cidade e da região, além de falar dos povos antigos, isso apenas em um sala bem pequena, na verdade não tem muito material em exposição, mas se você tem uns cinco minutos para perder dê uma passada lá. Ainda por ali seguimos até a Baia Mansa que é uma das duas baias formadas pelo istmo de Quetrihue e um dos portos de partida do passeio de barco até o Parque Nacional los Arrayanes (a principal atração do local).

P8110221.JPG

Viejos Tiempos

P8110198.JPG

Museu Histórico Regional

P8110226.JPG

Baia Brava

Antes de visitarmos o parque, paramos para o almoço no  Viejos Tiempos primeiro por ficar perto da entrada do parque, depois pela comida, muito bem-feita e gostosa! O restaurante é um dos melhores expoentes da cozinha que mescla o tradicional e o contemporâneo. Passamos depois pela entrada do parque, que leva até o bosque em um percurso de 12 KM (só de ida) pelo istmo de Quethihue. É claro que não era para nós, então seguimos até a Baia Brava, e de lá pegamos o barco até o bosque.

P8110233.JPG

Barco até o bosque

P8110272.JPG

Bosque de Arrayanes

P8110275.JPG

 Arrayanes

O passeio até o Bosque de Arrayanes, navegando pelo lago Nahuel Huapi e beirando o istmo de Quetrihue (alias Quetrihue quer dizer em Mapuche onde há Arrayanes) é bem bonito e tranquilo, com paisagens de tirar o fôlego. Chegando no bosque percorremos um circuito de 800 metros por entre o bosque, que segundo eles é o maior parque de arrayanes do mundo. Estas árvores nativas tem mais ou menos 300 anos, e podem atingir até 25 metros. Seu tronco é muito torto e a casca, de cor de canela.

P8110299.JPG

Cabaña de Disney

P8110319.JPG

Gaivotas

P8110325.JPG

Vientos Verdes

Quase no final do circuito fica uma confeitaria chamada Cabaña de Disney. Contam que Walt Disney se inspirou no bosque de Arrayanes para criar o seu filme Bambi, e por isso o nome, lá tem alguns quitutes que valem o circuito e também o tradicional chocolate quente. O passeio dura no total cerca de duas horas e meia, a atração na volta são as gaivotas que sobrevoam o barco na esperança de conseguir algo dos turistas. De volta ao centrinho da Vila decidimos que tínhamos que comer as famosas empanadas portenhas, e fomos recomendados a ir no Vientos Verdes. A noite decidimos não sair para jantar, um pouco até por conta das empanadas, e jantamos uma sopinha no próprio hotel. 

P8120336.JPG

Lago Espejo

P8120348.JPG

Lago Correntoso

P8120432.JPG

Lago Escondido

Pela manhã seguimos pela Ruta de los 7 lagos, que é o trecho da icônica Ruta Nacional 40 (RN 40) até San Martín de los Andes. Aqui fizemos uma mudança, no nosso roteiro a ideia era fazer isso de carro, porém decidimos comprar o passeio em uma operadora local. E como sempre acontece nossa experiencia ficou um pouco limitada, ou seja, não foi a melhor ideia. O primeiro lago que paramos foi o Lago Espejo, o lugar é lindo, e recebeu esse nome devido ao seu reflexo do céu, nuvens, montanhas e bosques da região. Já o Lago Correntoso, recebeu esse nome por causa do rio de mesmo nome. Lago Escondido, conta com um pequeno mirador (mirante) para observa-lo por entre a vegetação.

P8120361.JPG

Lago Falkner

P8120378.JPG

Lago Machónico

P8120392.JPG

Lago Lácar

Pouco mais a frente, está o lago Falkner. Nesse ponto, além da beleza do lago, há um morro ao longe com majestosas torres de pedras negras e quase sempre rondado por condores chamado Cerro Buque.  Lago Machónico, fica mais 6 KM de estrada à frente, com um mirador (mirante) natural que oferece uma linda vista panorâmica. Lago Lácar, desde o KM 103 até o final do passeio, a estrada segue beirando o lago Lácar, outro lindíssimo e enorme lago da região. Um espaço privilegiado da natureza, onde muitos moradores de San Martín de los Andes saem para caminhar, correr e pedalar. 

P8120390.JPG

La Barra

P8120409.JPG

San Martín de los Andes

P8120411.JPG

Plaza San Martin

Chegando em San Martín de los Andes, fomos almoçar, e por insistência do guia, no restaurante La Barra, não que tenha sido ruim, mas sempre fico desconfortável com essas coisas. Depois seguimos a pé para conhecer a pequena cidade, todo percurso de 110 KM encerra nessa aconchegante e pequena cidade, com clima de montanha, com casas de madeira e pedra, completando o que talvez seja um dos passeios mais bonitos da Argentina, por uma estrada, que essa sim é a mais linda da Argentina. San Martín possui lindas casas, árvores, cores, mirantes e é uma das base para quem pretende visitar o Parque Nacional Lanín. Na verdade fiquei com um pouco de arrependimento por não ter feito o trajeto de carro, uma vez que o passeio não mostrou algumas atrações como: Villa Traful, Cascada Vuliñanco, Cerro Chapelco e outras paradas que estão descritas no nosso roteiro.

IMG_1960.JPG

La Tasca

IMG_4264.JPG

Vista do Hotel

IMG_1862.JPG

Banheira

De volta a Villa La Angostura, saímos a noite para jantar no La Tasca, embora esse restaurante não estivesse originalmente no roteiro, ele foi uma grata surpresa, com um menu degustação de frutos do mar, que fico me babando só em falar.  Bom como prometi vou falar um pouco do hotel o Luma Casa de Montanha. Primeiramente preciso esclarecer que é um Hotel para adultos, não são permitidos menores de 16 anos, o que garante toda a tranquilidade para o hospede, os quartos que possuem cerca de 50 m2, são inspirados nas vilas toscanas, com um ar vintage. E o melhor, situado a beira do lago Nahuel Huapi oferece uma vista daquelas que merecem ser emolduradas. O quarto em si possuí um banheiro de cinema, com pias duplas e uma banheira com pés. Seu café da manha, além de ser bom, pode ser degustado olhando para as montanhas nevadas, e por ultimo o staff é nota 10, além é claro da piscina fantástica e seu spa.

P8130486.JPG

 Museu do Chocolate Havana

P8130492.JPG

Centro Cívico

P8130498.JPG

El Boliche de Alberto

Era chegada a hora de começar a viagem para casa, mas primeiro reservamos esse dia para revisitar Bariloche, confesso que fiquei um pouco surpreso com a evolução da cidade, é verdade que se passarão 20 anos da primeira vez que estive lá, mas achei que o charme da cidade se perdeu com essa evolução. Bom nossa intenção era visitar o  Cerro Otto e a sua Confeitaria Giratória, porém infelizmente estava fechada para reparos e só ia reabrir em setembro. Seguimos então para uma alternativa, conhecer o Museu do Chocolate Havana, lá fizemos um tour pela historia do chocolate e da fabrica. Depois seguimos para o centro cívico, que é uma cartão postal de Bariloche,  infelizmente por ser segunda-feira também não deu para visitar o Museu da Patagônia Francisco P. Moreno, ficamos então meio sem opções, então decidimos relaxar e passear pela Mitre, e por fim almoçar no El Boliche de Alberto, que é mais popular.

el-reino-de-los-chocolates.jpg

El Reino de los Chocolates

39141721_10212514290393982_1738728586782

Casa Del Turista 

IMG_1980.jpg

Buenos Aires

Bom estávamos em Bariloche, então ainda faltava algo, comprar chocolate! Todo mundo que vem à Bariloche tem a obrigação moral de levar chocolates de presente para amigos e familiares. São muitos chocolates, chocolatarias e belíssimas latas e embalagens, para não ficar perdido em meio a tantas opções fomos direto para El Reino de los Chocolates, na minha opinião as melhores lembranças são as de lá. Como ainda tínhamos algum tempo passamos na Casa do Turista para comer um fondue e o ultimo chocolate quente antes de voltar para Buenos Aires. Ainda restava uma manhã em Buenos Aires, como estávamos preocupados com o horário decidimos só passear pela cidade, e depois seguir para o Aeroporto já pensando nas próximas férias de inverno.

bottom of page